terça-feira, abril 01, 2008

Romances


Existiram grandes escritores no mundo em que vivemos... e a maior parte deles só foram valorizados depois de "partirem". Não espero pois, com este blog, tentar alcançar o mérito e prestígio destes escritores, até porque não estou à altura deles.... falta-me... qualquer coisa...

Contudo foram eles que me levaram a escrever aqui hoje. Não só pela inspiração óbvia que transmitem aos seus leitores, mas também pelos ideais que conseguiam transmitir e tão bem nas suas obras. Sou um adepto de questões filosóficass e gosto de me prender com um bom livro desse género. Porém, estes escritores de que falo, conseguem tão magestosamente espelhar filosofia nos seus romances, que é-me impossível abstrair-me das questões abordadas e das linhas de pensamento exploradas. Daí escrever também como eles, não só para enaltece-los, como escritores que são, mas também para filosofar a filosofia dos seus romances.


Ora romance, como bem sabemos, não é só um género literário, é também um "embrenhar de sentimentos".


Quem é que já não viveu um romance? Quem? Pergunto.

Toda a gente.

E quem não viveu.. não sabe o que perde.

Ora os romances têm muito que se lhes digam. São espadas de dois gumes, pois acabamos sempre por nos cortar. Contudo, se nem sequer pegarmos na espada, não saberemos nunca como é manejá-la.

Daí que toda a gente deva entrar num romance, e vivê-lo.. aprendendo com o que faz, e fazendo o melhor com o que aprende. Aliás, assim é que deve ser...pois o romance (leia-se relação amorosa) é nada mais que uma aprendizagem para depois viver o próprio amor, amor este que deverá ser levado com a maior das mestrias... senão de nada lhes valeu a aprendizagem.
Nunca julgue sem conhecer... e nunca conheça sem primeiro julgar.
Este parodoxo.. ainda que o seja... reflecte um pouco como as coisas se devem processar no mundo dos romances, pois não devemos nunca julgar as pessoas pelo que aparentam ser, mas antes pelo que são verdadeiramente, e tal só será possível depois de conhecê-las devidamente. Por outro lado, a segunda metade do paradoxo, não devemos conhecer antes de julgar, i.e. , só depois de uma análise geral da pessoa é que consiguimos avaliar se é uma pessoa "conhecível" ou não, o que não invalida o facto de a podermos conhecer na mesma. Logo leia-se conhecer como "compreender". Deixo-vos esta ideia para meditarem....

sexta-feira, março 07, 2008

Sociedade II


Saudações bloglings!!!

Sei que tenho estado afastado deste meu blog.. um pouco por culpa minha obviamente, mas vou tentar retomar a periodicidade dos meus posts.



Ora nesta minha pausa da escrita.. reflecti.. e muitas ideias me surgiram para posts... mas como é sabido, se não escrevemos nesse momento de epifania neurológica.. dificilmente conseguiremos reescrever tudo o que pensamos ipsis verbis.



Contudo, cá me encontro para de novo reflectir sobre a sociedade e temática da sociabilidade ou não-sociabilidade. Reflecti, meditei, debati, e alarguei os meus horizontes mentais.


Continuo um loner, e um ser "anti-social" do meu léxico enviesado. Porém, este antisocialismo que defendo, e reforço aqui a ideia de que não nos devemos prender aos termos utilizados mas sim ao que é dito, é aquele de que não devemos alterar completamente a nossa maneira de ser simplesmente em prôl de sociabilizar...em prôl de parecer bem aos olhos da sociedade.

Temos de parecer bem é aos olhos de que gostamos, aos olhos da nossa "família", apenas essa deve influenciar a nossa conduta de forma a alterarmos. Contudo, devemos sempre usar um pouco da arrogância natural do homem e preservarmos aquilo que achamos ser o adequado para nós. No entanto, quando acreditarmos a pés juntos que o comportamento de alguém deve ser mudado para sua felicidade devemo-lo fazer, assim como também o esperamos da outra parte em questão. Com isto, procuro justificar as condutas ditas "arrogantes" por parte daqueles que se acham bem consigo mesmos, e não dos presunçosos que se tomam como bons por não acreditarem nos amigos que têm. O "ser anti-social" que defendo não é em circunstância alguma privarmo-nos das relações sociais, até porque o homem é inevitavelmente um ser social, que precisa de se sentir em "sociedade". Agora a dimensão dessa "sociedade" é que critico, pois acho que uma pessoa se tiver outra que seja tudo aquilo que alguém deve ser para outra não se poderá nunca sentir só... pois estará a diminuir a existência dessa pessoa. Daí argumentar que uma pessoa não deve ser comportar de maneira diferente quando se encontra com determinadas pessoas só para estas a aceitarem, mas antes comportar-se como se comporta com as pessoas que já a aceitam e que fazem parte da "sociedade" em que se insere.


Só precisamos daqueles que têm a essência que nos permite não nos sentirmos sós. É isso que defendo. Não há cá tretas de "ah e tal temos de ser fixes e falar de mansinho pa podermos tar km eles e tal"... nada disso.. somos fixes se já assim o formos com toda a gente.


Eu acredito veementemente nisto, pois ao reflectir sobre a minha adolescência e certas eras conturbadas que vivi, apenas me bastava uma pessoa, um ser que me desse apoio para não me sentir só.


Até os animais, e às vezes mais facilmente o fazem, conseguem tal proeza que é "apoiar", ser o pilar que é necessário naquele momento.

Logo se um pequeno animal o faz, nós também o temos de fazer... e se o fizermos, quem disser que não o fazemos, que não bastamos para não se sentir só, é porque não somos assim tão importantes quanto isso.

Devemos ser como o nosso reflexo na água: Sempre igual a nós próprios!